A lei da selva quem divulgou o briefing do Benfica.
Já lhe chamaram Rui Gomes da Selva e não é por acaso: na política, no desporto e na advocacia, o ex-vice-presidente do Benfica não perdoa. Não é por acaso que ainda há muito pouco tempo disse que o clube tinha de ser "implacável com os seus inimigos" - esqueceu-se apenas de dizer que isso também é aplicável ao campo pessoal, acima de tudo.
A vingança serve-se fria e foi isso que fez Rui Gomes da Silva, ao passar por via indireta ao diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, duas edições do famoso briefing entregue aos representantes do Benfica nos programas de debate desportivo nas televisões - afinal, sempre existia a coordenação que todos negavam existir. E o ex-vice vinga-se de quem, perguntarão os mais desatentos: de Luís Filipe Vieira, que o afastou da direção do Benfica nas últimas eleições, de Domingos Almeida Lima, que ocupou o seu lugar de número dois na direção do clube e a quem acusa de ter sido o grande responsável pela sua saída. E vinga-se ainda do diretor de comunicação Luís Bernardo, que Rui Gomes da Silva, um "João Gabrielista" dos quatro costados, responsabiliza pelo que julga ser um amolecimento da estratégia mediática do clube.
O ato pode parecer inverosímil, mas não é, é verdadeiro. Até porque, vejamos: o que perde Rui Gomes da Silva com a divulgação destes briefings? Nada, e consegue sem esforço o objetivo de criar dificuldades aos seus inimigos internos. Para além disso, nunca gostou muito do autor dos briefings, Carlos Janela, do conteúdo e da sua estrutura mal amanhada; em segundo lugar, a sua divulgação permitirá uma rédea mais livre para atacar os rivais do Benfica, à sua maneira. E, claro, nunca vão existir provas: Rui Gomes da Silva não vai deixar de jurar pela mãezinha, pelo Eusébio e pela Nossa Senhora de Fátima que nunca na vida revelaria documentos confidenciais do clube que tanto ama.
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